3 de março de 2011

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"E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
-Não partas nunca mais"



[notas mendigas valem quatro euros!
obrigada♥]


27 de fevereiro de 2011

lápis

Se a perfeição existe, o Sol existe.

Se o Sol existe, a Lua existe.

Se a Lua existe, Tu existes.

Se tu existes, a perfeição existe.

Mas será que Tu existes?

É errado questionar?

Eu duvido da perfeição,

Posso, então, duvidar de Ti…

Se pegar na melodia daquilo a que chamam perfeito

E construir o meu próprio mundo envolto disso

Dizer que este lápis é a minha perfeição

Posso dizer que Tu estás na minha mão.

Sim, porque eu acredito!

Acredito na perfeição.

Compreendo a dúvida, vou desculpá-la

Porque sei que Tu o farias

És Tu.

15 de fevereiro de 2011


Sabes que hoje sonhei contigo? Acho que não te vou dizer. Acredito imenso no poder das palavras mudas. Porém, acho que hoje não ias ouvir. Por alguma razão, tapaste os ouvidos. Penso que nem tu te apercebeste que o fizeste, simplesmente aconteceu. Como posso eu falar se tu não tens ouvidos (literalmente)? Achas que devo desenhar? Não ias perceber, não sei desenhar. Podia tocar-te! Mas como o posso fazer se estás longe? Estamos separados. Vou confiar nas palavras mudas. Vou, também, confiar nos teus olhos. Acredito que me vais ler. Dorme bem.

22 de janeiro de 2011

luz

Fechas a porta ao dia que te acorda

Tapas a luz que quer tanto iluminar-te

Fechas a janela ao sol que te irradia

E a lua que quer abraçar-te

Mas tu vais colher o orgulho de viver

E tu vais encontrar o destino a que estás a caminhar

Fechas os olhos a tudo o que te vai magoar

Tapas a boca àquilo que pretendes dizer

Sentes as pegadas do chão

Não olhas para o céu com medo que caia

Mas tu vais colher o orgulho de viver

E tu vais encontrar a razão pela qual estás a caminhar

Tu vais colher o orgulho de sorrir, o orgulho de viver

Vais encontrar e abraçar a razão pela qual estás (ou vais) a cantar.

7 de novembro de 2010

l

É o dia da partida

Certa ou errada, necessariamente sentida

O tempo declamou o fim da partilha

Toda a luta, já é cansativa.

Todo o esforço que tu choraste,

Todos os lugares que não guardaste,

Variações de luz, do respirar, do tocar

Proclamo, hoje, o dia da partida.

Contudo, não tem de ser em preto

Não precisas de erguer branco

Talvez um verde, um anil

Uma neutralidade, uma harmonia.